O ritmo de comercialização do café brasileiro na safra 2024/25, embora positivo, apresenta uma desaceleração quando comparado a anos anteriores. Apesar dos preços atrativos no mercado, muitos produtores estão optando por reter parte de sua produção.

Um levantamento da Safras & Mercado indica que, até o momento, apenas 40% da safra foi comercializada, um percentual inferior aos 41% registrados no mesmo período do ano anterior e abaixo da média dos últimos cinco anos, que fica em torno de 47%.

Essa estratégia mais conservadora dos produtores pode ser explicada por diversos fatores. A boa capitalização proveniente das vendas da safra anterior, aliada à alta dos preços, proporciona aos cafeicultores uma maior margem de manobra para negociar e aguardar melhores oportunidades de mercado. Além disso, o produtor de arábica, principal variedade brasileira, encontra-se em uma posição mais confortável, com preços elevados e uma demanda consistente.

O mercado de café tem demonstrado uma certa estabilidade, com os preços oscilando em torno de máximas históricas. Essa situação gera um ambiente favorável para que os produtores diluam suas vendas ao longo do tempo,