O texto a seguir é um resumo do mercado de fretes internacionais elaborado pela Freightos.
A semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 25% sobre todas as importações dos EUA vindas do México e Canadá, mas logo suspendeu as tarifas para produtos automotivos cobertos pelo USMCA por um mês e estendeu essa suspensão para outras importações do acordo. Estima-se que 50% das importações do Canadá e 38% do México se enquadrem no USMCA, incluindo produtos automotivos, alimentos e eletrônicos, mas cerca de US$ 1 bilhão de importações diárias ficam fora do USMCA e agora estão sujeitas às tarifas de 25%.
Essas mudanças causaram congestionamento nas fronteiras e afetaram o fluxo de mercadorias, com muitos importadores antecipando remessas. As incertezas sobre tarifas e políticas comerciais dificultaram o planejamento logístico, mas muitos importadores dos EUA têm antecipado envios desde novembro, elevando a demanda e as tarifas de frete.
O relatório de importações da National Retail Federation indicou que o volume de importações de novembro a fevereiro foi 12% maior que no ano anterior, mas espera-se uma diminuição na demanda a partir de junho, com impacto nas tarifas de frete.
Em relação ao transporte marítimo, as tarifas para a Costa Oeste dos EUA caíram 40% em comparação com o ano passado, enquanto os preços para a Costa Leste também mostraram queda. A competição crescente devido a mudanças nas alianças de transportadoras pode estar influenciando essa redução de tarifas.
Além disso, a logística aérea foi afetada por uma greve na Alemanha, e a US Customs está trabalhando para implementar uma solução para lidar com o aumento de volumes de encomendas de entrada formalizadas após a suspensão de benefícios de isenção para produtos chineses. As tarifas aéreas China-EUA caíram 40% desde o início do ano, sugerindo uma mudança para o transporte marítimo e soluções de atendimento interno.
Esse cenário traz incerteza para a logística e dificulta a adaptação das cadeias de suprimentos, mas as empresas continuam a ajustar suas estratégias conforme as tarifas e políticas comerciais evoluem.