A produção brasileira de café deve alcançar 55,7 milhões de sacas na safra de 2025, um crescimento de 2,7% em relação ao ciclo anterior, segundo o 2º Levantamento da Safra de Café divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O avanço se deve, principalmente, à recuperação da produtividade do café conilon, com alta de 28,3%, impulsionando a produção da espécie para um recorde de 18,7 milhões de sacas. No Espírito Santo, maior produtor nacional de conilon, a expectativa é de 13,1 milhões de sacas, seguido pela Bahia, com 2,5 milhões, superando Rondônia.

Já o café arábica, mais sensível à bienalidade, deve ter queda de 6,6% na produção, com previsão de 37 milhões de sacas. Em Minas Gerais, maior produtor da variedade, a colheita esperada é de 25,65 milhões de sacas. As condições climáticas adversas e o ciclo natural da planta impactaram negativamente a produtividade, especialmente em estados como São Paulo, onde, apesar da queda de 3,8% na produtividade média, o aumento da área cultivada deve levar a um crescimento de 1,3% na produção, totalizando 5,5 milhões de sacas.

Atualmente, a mediana das previsões indicam safra de 38,2 milhões de sacas de arábica (-13,4% em relação a 2024/25) e 23,8 milhões de sacas de café robusta (+12,3% em relação a 2024/25), totalizando 62 milhões de sacas, queda de 5% no total em relação à safra passada.