A produção de café na Índia para o ano comercial 2025/26 (outubro a setembro) está projetada em seis milhões de sacas de 60 kg, segundo o USDA. O volume inclui 1,4 milhão de sacas de café arábica e 4,7 milhões de sacas de robusta. A queda na produtividade é atribuída a eventos climáticos extremos, como seca nos meses de janeiro e fevereiro, seguida por ventos fortes e chuvas excessivas durante a pré-monção, que prejudicaram o florescimento e o desenvolvimento dos frutos.

A colheita do arábica ocorre entre novembro e janeiro, enquanto a do robusta vai de dezembro a fevereiro. Dados do Departamento Meteorológico da Índia (IMD) indicam déficit de chuvas de até 89% no inverno nas principais regiões produtoras, seguido de excesso de precipitação, o que comprometeu o rendimento das lavouras.

A produtividade do arábica deve cair 3%, para 384 kg/ha, enquanto a do robusta deve recuar 2%, para 1.276 kg/ha. A queda é atribuída à maior sensibilidade do arábica ao calor, pragas e doenças, o que tem estimulado o plantio de robusta.

O consumo interno está estimado em 1,4 milhão de sacas, com crescimento puxado pela demanda por café solúvel, que deve representar 70% do consumo doméstico. Apesar da baixa média per capita (0,07 kg), fabricantes de solúvel projetam crescimento contínuo.

As exportações também devem cair para seis milhões de sacas, pressionadas pela menor oferta exportável e retração de compradores europeus frente aos preços elevados. As vendas externas caíram 5% no acumulado de outubro a janeiro. Os preços internos do arábica subiram 51% desde outubro, superando a alta global de 40%. Para o robusta, a valorização foi de 17% contra 14% no mercado internacional, refletindo o temor de escassez.