Os indicadores do mercado de trabalho brasileiro continuam a apresentar um cenário positivo. A taxa de desemprego, divulgada hoje pela PNAD Contínua, atingiu 6,9% no trimestre encerrado em junho, em linha com as expectativas do mercado. Essa marca representa a menor taxa para o período desde 2014.

A criação de 201,7 mil vagas formais em junho, conforme dados do CAGED, reforça a tendência de recuperação do mercado de trabalho. A massa de rendimento real habitual também alcançou um novo recorde histórico, impulsionada pela expansão do número de trabalhadores em diversos setores.

Discussão de Juros

A força do mercado de trabalho e a contínua expansão da massa de rendimento levantam preocupações com a inflação. A manutenção de recordes na massa de rendimento real exige uma atenção especial do Banco Central, dada a possibilidade de pressões inflacionárias.

Com a taxa de desemprego em níveis historicamente baixos e a inflação ainda acima da meta, a expectativa do mercado é que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a taxa Selic em 10,50% em sua reunião de hoje. No entanto, todas as atenções estarão voltadas para as sinalizações do comunicado sobre a possibilidade de novos aumentos da taxa básica de juros nas próximas reuniões.

Os números de junho reforçam a visão de um mercado de trabalho aquecido, mas também sinalizam a necessidade de cautela por parte do Banco Central. A manutenção de uma política monetária adequada será fundamental para garantir a estabilidade da economia e evitar um novo ciclo inflacionário.