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Caros amigos do café,

É com grande prazer que apresentamos a vocês o nosso Boletim Semanal do Café, trazendo as informações mais relevantes do mercado para manter vocês sempre atualizados. Neste boletim, vocês encontrarão os destaques da semana anterior, análises de mercado, algumas estatísticas e muito mais. Acreditamos que essa fonte de conhecimento irá ajudá-los a tomar decisões mais informadas e até a apreciar ainda mais a nossa amada bebida.

Vamos aos detalhes!

Mercado físico:

Semana de quedas para os preços de café, especialmente na segunda-feira. Um conjunto de fatores, incluindo colheita acelerada para o arábica e grandes exportações de conilon do Brasil, formaram uma tempestade perfeita para os futuros negociados em bolsa. O mercado segue acompanhando a reta final da colheita do arábica e, em alguns locais, relatos de abertura de floradas muito promissoras para a próxima safra de conilon.

Seguem os relatos de pouco café nos armazéns, porém os números de exportação divulgados pela Cecafé indicam que a exportação de conilon segue forte, mantendo o ritmo do mês passado.

Mercado futuro:

Café arábica em NY fehou a semana com queda de 4,94%, enquanto o robusta em Londres caiu 6,12%. A relação de desconto entre Londres e NY ficou ainda menos favorável ao café Robusta. O desconto saiu de 23% para 22%, incentivando indústrias a reduzirem a participação do café Robusta nos blends para torrefação. Os contratos futuros do Robusta seguem mostrando desequilíbrio de oferta para os próximos meses, enquanto o arábica já mostra um balanço muito confortável.

Previsão do tempo:

Há a expectativa de chuvas para a próxima semana, principalmente para regiões próximas ao litoral do ES e leste mineiro. Para esta semana, pouca chuva e ainda temperaturas acima da média histórica. É importante acompanhar a evolução do tempo para formação de expectativas para a safra 23/24, que já é o principal ponto que move os preços nas bolsas.

Mercado financeiro:

Vendas no varejo nos EUA mostraram que o segmento de alimentação fora do lar atingiu sua máxima histórica, superando o nível visto em janeiro de 2023. Tanto nos EUA como na Europa há uma proporção maior de consumo de café fora do lar do que em casa (ao contrário do Brasil, onde prevalece o consumo em casa). O índice de varejo de supermercados também apresentou alta, atingindo o maior patamar desde dezembro/22. Os EUA são o maior mercado consumidor de café, e esses números indicam que o consumo segue forte em terras americanas. Já na China, surgem diversas preocupações com a robustez da economia. Uma grande incorporadora imobiliária notificou que não honrará suas dívidas de curto prazo, colocando novamente medo no mercado de uma possível crise em caso de contágio de calotes, que podem derrubar as cotações de commodities. Como o mercado financeiro antecipa os movimentos, já houve uma grande saída de investidores das commodities, incluindo o café.