A taxa de desocupação, divulgada pela pesquisa PNAD Contínua, atingiu 6,8% no trimestre encerrado em julho, em conformidade com as expectativas do mercado e em linha com a tendência de melhora observada nos últimos meses. Este é o menor nível para um trimestre encerrado em junho desde 2012, evidenciando a recuperação do mercado de trabalho brasileiro.
Além da redução da taxa de desocupação, o número de empregados com e sem carteira de trabalho no setor privado atingiu recordes históricos, demonstrando o dinamismo da economia e a geração de novas oportunidades de emprego. A massa de rendimento real habitual também cresceu, indicando uma melhora no poder de compra dos trabalhadores.
Os números de julho reafirmam a visão de um mercado de trabalho aquecido e uma atividade econômica forte. A combinação de um mercado de trabalho aquecido com uma inflação ainda persistente representa um desafio para o Banco Central, que precisa encontrar um equilíbrio entre estimular a atividade econômica e controlar a inflação.
Os dados reiteram a necessidade de cautela por parte do Banco Central. A autoridade monetária precisa monitorar de perto a evolução da economia e do mercado de trabalho para tomar decisões adequadas sobre a política monetária. Um ajuste mais rápido da taxa de juros pode ser necessário caso a inflação mostre sinais de aceleração.