Principais notícias do mercado financeiro
O Copom elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano, em decisão unânime. O comitê sinalizou um aumento de menor magnitude na próxima reunião, em maio, caso o cenário esperado se confirme. A decisão visa convergir a inflação para a meta, em meio a expectativas de inflação desancoradas e pressões no mercado de trabalho. O Copom também monitora a política fiscal e os riscos externos, como a política econômica dos EUA.
O Federal Reserve (Fed) manteve a taxa de juros entre 4,25% e 4,5%, conforme esperado. O FOMC destacou a expansão da economia e o baixo desemprego nos EUA. A partir de abril, o Fed reduzirá o ritmo de diminuição do seu balanço patrimonial, diminuindo a venda de títulos públicos de US$ 25 bilhões para US$ 5 bilhões. Com isso, o Fed está desacelerando o processo de redução de seus ativos, uma estratégia conhecida como aperto quantitativo, que visa controlar a oferta de moeda na economia e, consequentemente, a inflação. O comitê reafirmou o compromisso com a meta de inflação de 2% e monitorará os dados econômicos para possíveis ajustes futuros, se necessário. A decisão teve 11 votos a 1.
A inflação da zona do euro desacelerou para 2,3% em fevereiro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados revisados da Eurostat. A inflação mensal foi de 0,4%. O núcleo da inflação, que exclui itens mais voláteis como energia e alimentos, atingiu o menor patamar desde janeiro de 2022. Na União Europeia, a inflação anual foi de 2,7%.
O Banco do Japão (BoJ) decidiu manter a taxa de juros em 0,5% na reunião de março, citando uma recuperação moderada da economia japonesa, apesar de fraquezas em alguns setores. O BoJ destaca a resiliência do mercado de trabalho e o aumento do consumo, impulsionados pela melhora no emprego e na renda. A inflação, em torno de 3%, é influenciada pelo aumento dos preços dos serviços e pela redução dos subsídios de energia. A expectativa é de que a economia japonesa continue crescendo, impulsionada pelo cenário global e pela inflação gradual, que deve convergir para a meta de estabilidade de preços em 2025. No entanto, o BoJ alerta para incertezas, como políticas comerciais, preços de commodities e ajustes salariais, além de monitorar os impactos das flutuações cambiais na inflação.
A China anunciou novas medidas para impulsionar o consumo interno, frente à ameaça das tarifas de Donald Trump sobre suas exportações. O Banco Central chinês está avaliando a criação de ferramentas para financiar áreas-chave de consumo, enquanto o governo liberou 81 bilhões de yuans para estimular as vendas de carros e eletrodomésticos. Em janeiro e fevereiro, as vendas no varejo cresceram 4%, e a produção industrial aumentou 5,9%, sinais de recuperação econômica, embora o setor imobiliário ainda enfrente dificuldades. O governo também acelerará o desenvolvimento de tecnologias como inteligência artificial e dispositivos vestíveis, além de expandir benefícios para idosos e seguro-saúde para residentes rurais. As medidas visam fortalecer a economia local, que sofre com a queda do consumo e a guerra tarifária.