Principais notícias do mercado financeiro
O Federal Reserve (Fed) manteve a taxa de juros entre 4,25% e 4,5%, conforme esperado. O FOMC destacou a expansão da economia e o baixo desemprego nos EUA. A partir de abril, o Fed reduzirá o ritmo de diminuição do seu balanço patrimonial, diminuindo a venda de títulos públicos de US$ 25 bilhões para US$ 5 bilhões. Com isso, o Fed está desacelerando o processo de redução de seus ativos, uma estratégia conhecida como aperto quantitativo, que visa controlar a oferta de moeda na economia e, consequentemente, a inflação. O comitê reafirmou o compromisso com a meta de inflação de 2% e monitorará os dados econômicos para possíveis ajustes futuros, se necessário. A decisão teve 11 votos a 1.
A inflação da zona do euro desacelerou para 2,3% em fevereiro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados revisados da Eurostat. A inflação mensal foi de 0,4%. O núcleo da inflação, que exclui itens mais voláteis como energia e alimentos, atingiu o menor patamar desde janeiro de 2022. Na União Europeia, a inflação anual foi de 2,7%.
O Banco do Japão (BoJ) decidiu manter a taxa de juros em 0,5% na reunião de março, citando uma recuperação moderada da economia japonesa, apesar de fraquezas em alguns setores. O BoJ destaca a resiliência do mercado de trabalho e o aumento do consumo, impulsionados pela melhora no emprego e na renda. A inflação, em torno de 3%, é influenciada pelo aumento dos preços dos serviços e pela redução dos subsídios de energia. A expectativa é de que a economia japonesa continue crescendo, impulsionada pelo cenário global e pela inflação gradual, que deve convergir para a meta de estabilidade de preços em 2025. No entanto, o BoJ alerta para incertezas, como políticas comerciais, preços de commodities e ajustes salariais, além de monitorar os impactos das flutuações cambiais na inflação.
A China anunciou novas medidas para impulsionar o consumo interno, frente à ameaça das tarifas de Donald Trump sobre suas exportações. O Banco Central chinês está avaliando a criação de ferramentas para financiar áreas-chave de consumo, enquanto o governo liberou 81 bilhões de yuans para estimular as vendas de carros e eletrodomésticos. Em janeiro e fevereiro, as vendas no varejo cresceram 4%, e a produção industrial aumentou 5,9%, sinais de recuperação econômica, embora o setor imobiliário ainda enfrente dificuldades. O governo também acelerará o desenvolvimento de tecnologias como inteligência artificial e dispositivos vestíveis, além de expandir benefícios para idosos e seguro-saúde para residentes rurais. As medidas visam fortalecer a economia local, que sofre com a queda do consumo e a guerra tarifária.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pelo Instituto Ipsos, revelou uma nova queda na percepção dos brasileiros em fevereiro deste ano, atingindo 48,9 pontos em uma escala de 0 a 100. Essa pontuação, abaixo da linha de neutralidade de 50, indica um predomínio do pessimismo entre os consumidores e representa a primeira vez que o índice fica nessa faixa desde o início do atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A retração de 2,2 pontos em relação a janeiro e expressivos 9,1 pontos na comparação com fevereiro de 2024 (a segunda maior queda anual entre os 29 países pesquisados, atrás apenas da Índia) demonstra uma tendência de declínio na confiança dos brasileiros. A última vez que o ICC havia ficado abaixo de 50 pontos foi em setembro de 2022, período que antecedeu as eleições presidenciais. Segundo Marcos Calliari, CEO da Ipsos no Brasil, essa queda é um…