O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a inflação prévia no Brasil, acelerou em outubro, registrando alta de 0,54%. O resultado ficou acima das expectativas do mercado e reforça as preocupações com o controle da inflação no país.
Principais destaques:
- Aceleração da inflação: O IPCA-15 acumulou alta de 4,47% nos últimos 12 meses, se aproximando do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central.
- Impacto da bandeira vermelha 2: A alta nos preços da energia elétrica, devido à bandeira vermelha 2, foi um dos principais responsáveis pela aceleração da inflação.
- Difusão da inflação: A quantidade de itens que subiram de preço aumentou, indicando uma pressão inflacionária mais generalizada.
- Núcleos e serviços subjacentes em alta: Os indicadores que medem a inflação subjacente, ou seja, excluindo os itens mais voláteis, também apresentaram aceleração, sinalizando que a pressão inflacionária está se espalhando por diversos setores da economia.
O que isso significa para os juros?
O resultado do IPCA-15 reforça as expectativas de que o Banco Central (Copom) continuará elevando a taxa de juros na próxima reunião, em novembro. O mercado já precifica um aumento de 0,50 ponto percentual, o que levaria a Selic para 11,25% ao ano.
Perspectivas para a inflação:
A persistência da inflação acima da meta e a pressão sobre os serviços e os núcleos indicam que o combate à inflação será um desafio para o Banco Central nos próximos meses. A expectativa é que a política monetária continue apertada por mais algum tempo, com o objetivo de controlar os preços e garantir a estabilidade da economia.