A China anunciou novas medidas para impulsionar o consumo interno, frente à ameaça das tarifas de Donald Trump sobre suas exportações. O Banco Central chinês está avaliando a criação de ferramentas para financiar áreas-chave de consumo, enquanto o governo liberou 81 bilhões de yuans para estimular as vendas de carros e eletrodomésticos. Em janeiro e fevereiro, as vendas no varejo cresceram 4%, e a produção industrial aumentou 5,9%, sinais de recuperação econômica, embora o setor imobiliário ainda enfrente dificuldades. O governo também acelerará o desenvolvimento de tecnologias como inteligência artificial e dispositivos vestíveis, além de expandir benefícios para idosos e seguro-saúde para residentes rurais. As medidas visam fortalecer a economia local, que sofre com a queda do consumo e a guerra tarifária.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pelo Instituto Ipsos, revelou uma nova queda na percepção dos brasileiros em fevereiro deste ano, atingindo 48,9 pontos em uma escala de 0 a 100. Essa pontuação, abaixo da linha de neutralidade de 50, indica um predomínio do pessimismo entre os consumidores e representa a primeira vez que o índice fica nessa faixa desde o início do atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A retração de 2,2 pontos em relação a janeiro e expressivos 9,1 pontos na comparação com fevereiro de 2024 (a segunda maior queda anual entre os 29 países pesquisados, atrás apenas da Índia) demonstra uma tendência de declínio na confiança dos brasileiros. A última vez que o ICC havia ficado abaixo de 50 pontos foi em setembro de 2022, período que antecedeu as eleições presidenciais. Segundo Marcos Calliari, CEO da Ipsos no Brasil, essa queda é um…
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou um aumento inesperado de 0,89% em janeiro, superando as expectativas do mercado. Apesar da queda em setores como serviços e varejo, a produção agrícola impulsionou o resultado. No trimestre encerrado em janeiro, o IBC-Br subiu 0,26% ante o trimestre anterior e 3,58% na comparação anual. A surpresa altista, segundo especialistas, não altera a perspectiva de desaceleração econômica ao longo do ano, mas reforça a tendência de manutenção do aperto monetário pelo Banco Central para controlar a inflação.
O dólar iniciou a semana em queda, fechando a R$ 5,686, o menor valor desde novembro. A baixa de 0,99% foi influenciada por dados fracos do varejo nos EUA e estímulos chineses, beneficiando exportadores de commodities como o Brasil. Analistas apontam que tensões comerciais e temor de recessão nos EUA pressionam a moeda americana. A OCDE também revisou para baixo a previsão de crescimento global.
Segundo informações da Safras&Mercado, até o dia 12 de março, os produtores brasileiros já haviam comercializado 93% da safra de café 2024/25, marcando um avanço de 5 pontos percentuais em relação ao mês anterior. O ritmo das vendas é mais acelerado que no ano passado, quando 84% da safra havia sido negociada no mesmo período, e também supera a média dos últimos 5 anos (86%). O relatório explica que a volatilidade climática ajudou a acelerar as vendas, com os produtores aproveitando os picos de preço. No entanto, eles permanecem cautelosos, aguardando uma definição sobre a safra 2025 e atentos a oportunidades ocasionais com compradores mais agressivos. As vendas de café arábica atingiram 91%, superando tanto o ano passado (80%) quanto a média dos últimos 5 anos (84%). Já as vendas de café canéfora (conilon/robusta) chegaram a 97%, com pouco café restante nas mãos dos produtores. A escassez de café disponível deve…