Oito países da aliança Opep+, composta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados liderados pela Rússia, decidiram antecipar o aumento da produção de petróleo para maio, elevando a produção em 411 mil barris por dia (bpd). A medida surpreendeu o mercado, fazendo com que os preços do petróleo caíssem ainda mais. O Brent, referência global, caiu mais de 6%, aproximando-se de US$ 70 por barril, em meio ao impacto das tarifas comerciais dos EUA.
Inicialmente, esses oito países – Rússia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Iraque, Argélia, Cazaquistão e Omã – planejaram aumentar a produção em 135 mil bpd em maio, como parte de um plano gradual para reduzir os cortes de 2,2 milhões de bpd. No entanto, após reunião online, o grupo decidiu aumentar a produção citando “fundamentos de mercado saudáveis e perspectivas positivas”.
A Opep+ explicou que o aumento de maio incluirá o ajuste inicialmente planejado e dois incrementos adicionais. Apesar disso, o grupo ressaltou que ajustes futuros podem ser pausados ou revertidos, conforme as condições do mercado. A Opep+ mantém outros cortes de produção, totalizando 3,65 milhões de bpd até o final de 2025, para evitar uma desestabilização nos preços.
A próxima reunião do grupo ocorrerá em 5 de maio, quando decidirão sobre a produção para junho. A estratégia visa equilibrar oferta e demanda, prevenindo quedas bruscas nos preços e pressões inflacionárias no mercado energético global.